Equipes da Polícia Federal deflagraram na manhã desta terça-feira (09) uma operação contra fraudes previdenciárias. Ao todo, estão sendo cumpridos 16 mandados de prisão preventiva, 23 mandados de prisão temporária e 57 mandados de busca e apreensão, em Teresina e em cidades do interior do Piauí e do Maranhão, por ordem da Justiça Federal.
A operação foi batizada de “Bússola” e investiga uma organização responsável por viabilizar a concessão de aposentadorias rurais, por meio de fraudes e uso de documentos públicos. Em alguns casos, de acordo com a PF, os benefícios eram concedidos a pessoas fictícias, que existiam apenas no papel.
A organização investigada já causou prejuízo de mais de R$ 55 milhões aos cofres públicos, em quase 2 mil benefícios fraudulentos.
Entre os investigados com prisão decretada estão oito servidores do INSS, 17 advogados e 14 intermediários dos Estados do Piauí e Maranhão.
As ações acontecem nos municípios piauienses de Teresina, Luzilândia, Demerval Lobão, e Santo Antônio dos Milagres; e nos municípios maranhenses de Timon, Caxias, Presidente Dutra, Parnarama, Codó, Anapurus e São João do Sóter.
Em Teresina, pelo menos três advogados foram presos durante os trabalhos na manhã de hoje. A informação foi confirmada ao Cidadeverde.com pelo presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB Piauí, Marcus Vinicius Nogueira. “A Comissão foi comunicada pela PF e estamos, desde cedo, acompanhando o cumprimento dos mandados que envolvem advogados”, destacou.
Os presos foram levados para a superintendência da Polícia Federal, na Avenida João XXIII, onde serão interrogados. Após o procedimento, todos serão encaminhados ao sistema prisional e devem ficar à disposição do poder judiciário.
A Justiça Federal também determinou o bloqueio das contas dos presos e a suspensão do exercício da função pública para os servidores do INSS.
O INSS informou que não daria nenhuma informação, já que a operação é comandada pela PF.
CidadeVerde.com
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