A comunidade quilombola Damásio, no município de Guimarães, comemora os investimentos do Governo do Estado na construção da primeira escola de Ensino Médio que vai beneficiar os jovens com uma estrutura ampla e moderna, proporcionando uma educação de qualidade.
Com o investimento de R$ 1.057.916,20, o prédio foi construído em uma área de 867m², dividido em três blocos. O bloco pedagógico possui quatro salas, laboratório de informática e biblioteca. Já o bloco administrativo conta com diretoria, almoxarifado, secretaria, sala de professores e sala de arquivo. E o bloco de serviço com cozinha, dispensa, área de serviço e banheiros feminino e masculino com acessibilidade.
O pátio central atende como espaço de recreação para os alunos. Também foi feita a instalação de sistema de combate a incêndio e passarela coberta com acesso aos blocos. A escola vai atender a comunidade do Quilombo Damásio e outros 10 povoados. Cerca de 160 alunos serão beneficiados. Dona Amélia mora no quilombo desde 1947 e conta que durante todos esses anos, o povoado nunca recebeu uma escola desse porte.
“Nunca teve uma escola desse modelo. Eu espero dessa escola uma nova vida. Não serve para mim, mas serve para os meus netos e bisnetos que venham chegar. E eu desejo que meus netos sejam um doutor ou que vão trabalhar na Marinha. Eu desejo só coisas altas, eu não sei se eles vão realizar esses sonhos, mas a esperança é essa”, compartilhou Amélia Martins.
A rotina das famílias também vai mudar. Por muitas vezes os alunos iam sem almoçar e, se o transporte atrasava, eles acabavam encontrando a escola com os portões fechados e perdiam o horário de aula. Como explica o líder da comunidade, Walmir Goulart. “Essa escola é importante porque os alunos se deslocam do seu povoado para a sede com a dificuldade de transporte. Cada família dessa paga uma mensalidade para que o seu filho chegue até a escola na cidade de Guimarães”, explicou.
Agora, com a nova escola, dentro da comunidade de Damásio, a vida das famílias muda para melhor. “Com a escola dentro de Damásio, se torna mais fácil para que o aluno tenha um aprendizado melhor e os pais terão condição melhor de acompanhar os seus filhos. A comunidade de Damásio desde já agradece ao governador Flávio Dino por todo esse esforço que ele está fazendo para que essa escola seja concluída nessa comunidade, sabendo a dificuldade do estado e do país”, afirmou Walmir Goulart.
Para o secretário de Estado da Infraestrutura, Clayton Noleto, as escolas quilombolas se constituem como exemplo da forma de trabalhar do governo Flávio Dino. “Com sensibilidade social, fazendo os investimentos, sobretudo para os que mais precisam como esta comunidade que é atendida com a construção de uma unidade escolar, desta maneira nós contribuímos para o combate à injustiça social que ao longo de décadas foi se sedimentando em nosso estado. Também estamos promovendo desenvolvimento econômico e social em todas as regiões, o que tem sido o vetor principal da gestão do governador Flávio Dino, o duplo vértice, os investimentos em educação e produção”, observou o secretário Clayton Noleto.
A obra está em fase de conclusão, com 95% dos trabalhos já realizados, faltando apenas limpeza, complemento de pinturas e ajustes de portas e basculantes. A previsão de entrega para a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) é março deste ano, quando será mobiliada e preparada para a inauguração.
Quilombos no Maranhão
O Maranhão possui a terceira maior população negra entre os Estados brasileiros, mas por muitos anos as comunidades quilombolas sofreram com a falta de investimentos de políticas públicas, principalmente na área de educação.
A Baixada Maranhense é hoje uma das regiões do Maranhão com maior número de comunidades remanescentes de quilombo, pois na segunda metade do século XIX essa área concentrou a base de consolidação de muitos povoados quilombolas.
A gestão do governador Flávio Dino vem propondo planejamentos e estratégias de execução de políticas públicas direcionadas para a população negra, com o compromisso de promover a igualdade racial e a valorização da identidade e dos direitos dessas comunidades
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