No período de 1º de julho de 2017 a 23 de janeiro deste ano, o Brasil registrou 130 casos de febre amarela no país, sendo que 53 vieram a óbito. No mesmo período do ano passado, foram confirmados 381 casos e 127 óbitos. Os dados foram atualizados pelo Ministério da Saúde na última quarta-feira, 24 de janeiro.
“Embora a área exposta este ano seja muito maior e abarque grandes cidades com maior concentração populacional do que no ano passado, esses números demonstram que a situação deste ano é muito mais controlada, se comparada ao ano passado”, explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Vacinação
A campanha de fracionamento da vacina contra a febre amarela teve início nesta quinta-feira, 25 de janeiro, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Até o momento, a campanha de vacinação no estado da Bahia permanece na data prevista, que vai de 19 de fevereiro a 9 de março.
Para auxiliar estados e municípios na realização da campanha, o Ministério da Saúde vai encaminhar aos estados R$ 54 milhões. Desse total, já foram repassados R$ 15,8 milhões para São Paulo; R$ 30 milhões para Rio de Janeiro, e está em trâmite a portaria que autoriza o repasse no valor de R$ 8,2 milhões para a Bahia.
A adoção do fracionamento das vacinas é uma medida preventiva e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) quando há aumento de epizootias e casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional. A dose fracionada tem apresentado a mesma proteção que a dose padrão.
O Ministério da Saúde, no ano de 2017 até o momento, encaminhou à todas Unidades Federadas o quantitativo de aproximadamente 57,4 milhões de doses da vacina. Para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia foram enviados cerca de 48,4 milhões de doses da vacina febre amarela, com objetivo de intensificar as estratégias de vacinação de forma seletiva, sendo 18,3 milhões (SP), 10,7 milhões (MG), 12 milhões (RJ), 3,7 milhões (ES) e 3,7 milhões (BA).
Para os gestores
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) incentiva os gestores municipais a planejarem ações que orientem seus usuários e previnam o aumento de casos de Febre Amarela. O primeiro passo é conhecer a situação da região, para depois traçar um plano estratégico de combate à doença.
Entre as ações, poderão constar reuniões que esclareçam as dúvidas da população quanto à vacinação, formas de contaminação, sintomas e transmissão da doença. Como destaca a CNM, esse diálogo além de auxiliar no controle e diminuição dos casos, ajuda a controlar a ansiedade e medo da comunidade.
Outro ponto importante é a necessidade de o gestor registrar e notificar os casos da doença em tempo hábil, assim como monitorar a cobertura vacinal dos residentes locais. A sugestão é que os profissionais da Atenção Básica desenvolvam um trabalho em rede, integrado com outras estratégias de saúde que o Município dispõe.
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