Acaba de chegar ao país o primeiro tratamento que envolve apenas um comprimido diário contra essa infecção no fígado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou na última segunda-feira (4) a comercialização no Brasil de um medicamento inovador para a hepatite C em adultos. Assim como a geração mais recente de remédios com esse fim, o chamado Harvoni, da farmacêutica Gilead Sciences, garante uma taxa de cura de mais de 95%.
Mas sua maior novidade tem a ver com a comodidade dos pacientes. Trata-se, afinal de contas, do primeiro tratamento de comprimido único diário para as infecções causadas pelo genótipo 1 dessa doença, que acomete 70% dos pacientes.
Para ser mais exato, uma vez diagnosticada a enfermidade, o indivíduo tomaria uma cápsula por dia de oito a 12 semanas – em casos específicos, esse prazo pode dobrar. Os outros tratamentos disponíveis exigem a ingestão de mais remédios, o que complicaria a adesão.
A empresa responsável pelo produto alega que outro diferencial seria a possibilidade de encurtar o número de dias engolindo a medicação em sujeitos não tratados anteriormente, sem cirrose e com carga viral baixa. Antes de desembarcar no Brasil, o remédio já estava presente em mais de 70 países e, segundo a Gilead, é atualmente o mais utilizado no mundo como terapia para a hepatite C.
Sobre a hepatite C
Estamos falando de uma infecção viral que se ataca principalmente o fígado. Silenciosa, não apresenta sintomas em cerca de 80% dos casos, mas pode gerar verdadeiros estragos no órgão a longo prazo. A hepatite C aumenta o risco de o paciente desenvolver cirrose e até mesmo câncer. Fora que pode prejudicar outros cantos do corpo.
Daí a importância de, principalmente a partir de 40 anos, solicitar exames que identifiquem a presença ou não do vírus no organismo, conforme explica Edison Parise, presidente do Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig).
A transmissão desse mal acontece através do contato com sangue infectado – principalmente por meio de objetos como seringas, agulhas e ferramentas de manicure não esterilizados. É possível que o vírus da hepatite C se espalhe pelo sexo, mas isso é incomum. De qualquer forma, melhor prevenir do que remediar.
Fonte: Giovana Feix
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