O Governo do Maranhão capacitou, na última semana, 71 pescadores artesanais da Colônia Z33, no município de Alcântara, sobre a legislação para venda, compra e beneficiamento do camarão.
A formação foi conduzida pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED), em parceria com a Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão (AGERP) e a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).
Técnicos da AGED informaram sobre sanidade dos animais aquáticos, regularização, venda e beneficiamento do camarão seco e o processo de registro de agroindústria familiar.
Já os técnicos da AGERP palestraram sobre agregação de valor na produção de pescado. Dez estudantes do mestrado profissional de defesa sanitária da UEMA colaboraram com a capacitação.
Na ocasião, os pescadores receberam explicações sobre a nota técnica AGED-MA/CDA/Setor de Trânsito animal nº 1, de 31 de agosto de 2017, que trata do transporte e acondicionamento do camarão pré-cozido salgado seco no estado.
A nota orienta sobre onde será exigida a nota fiscal para o transporte e o acondicionamento em caixas de isopor, em boas condições de uso ou caixa plástica de polipropileno não vazada, preferencialmente com tampa. Em ambos os casos, o produto deverá estar embalado em saco plástico transparente grosso de primeiro uso.
A professora doutora do curso de Engenharia de Pesca, Nancylene Bezerra ressaltou a importância da parceria entre a UEMA e AGED para elaboração de trabalhos científicos de avaliação da qualidade do camarão salgado seco produzido no município.
“Percebemos de forma clara a necessidade de outros encontros e a busca de parcerias para agregar maior valor e qualidade ao produto”, frisou a responsável técnica pelo Programa Nacional de Sanidade dos Animais Aquáticos da AGED, Caroline Moura.
“Nos chamou atenção a quantidade do público presente, que superou as expectativas, além do intenso interesse do público no assunto abordado”, acrescentou.
Os pescadores pontuaram a necessidade de assistência técnica, fábrica de gelo, e também destacaram a dificuldade enfrentada para transportar e comercializar o produto, por falta de regularização das embarcações pela Capitania dos Portos.
As fiscais estaduais agropecuárias Viramy Marques e Francilene Almeida afirmaram que a pesca artesanal tem importante papel econômico e social.
“Transpor barreiras para estimular o desenvolvimento e regularização da agroindústria do pescado/camarão significa, também, trazê-los para a formalidade com a inclusão dos pescadores artesanais no mercado institucional e privado para dinamizar as economias locais, gerando oportunidade de trabalho e renda aos pescadores e maior produção de pescado sustentável”, frisaram.
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